Servidores da AMAC/JF lotam a Câmara, pela manutenção do modelo de assistência social
(Juiz de Fora – MG) – Em dia de mais uma paralisação das atividades (a quinta em menos de dois meses), os servidores da AMAC/JF (Associação Municipal de Apoio Comunitário de Juiz de Fora) lotaram a Câmara Municipal para, em Audiência Pública, defender o atual modelo de assistência social da cidade e protestar contra o processo de Chamamento Público, que, conduzido pela Prefeitura, vem, com muitas irregularidades, desfigurando esse sistema. Eles tiveram o apoio de dezenas de trabalhadores de outras entidades de assistência social. A reunião foi convocada pela vereador Roberto “Betão” Cupolillo (PT).
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF), Amarildo Romanazzi, os problemas começaram na origem. “Não havia nenhuma necessidade de tentar mudar o modelo de assistência social no município. A cidade conta com várias entidades, algumas centenárias, que sempre fizeram um trabalho de excelência. E conta com a AMAC, que sempre foi referência no assunto”, avaliou.
Na Audiência Pública, a reivindicação, principalmente entre os trabalhadores presentes, era pela revogação dos editais que compõem o Chamamento Público. Já entre as autoridades presentes (entre elas a nova secretária de Assistência Social de Juiz de Fora, Tammy Claret, que substitui Abraão Gerson Ribeiro – após forte pressão do movimento) o tom foi de busca de diálogo, levando em consideração também a recente troca de comando principal na Administração Municipal (com a saída do prefeito Bruno Siqueira/PMDB e a entrada do vice Antônio Almas/PSDB). Tammy Claret garantiu, inclusive, que os serviços da área, em vigor na cidade, não estão ameaçados de descontinuidade.
A reunião serviu também para que os trabalhadores da AMAC reclamassem da ausência de reajustes salariais e mostrassem preocupação com possíveis demissões. Por conta disso, Amarildo Romanazzi, em nome dos funcionários, acenou com novas paralisações. “Esta audiência não é só o chamamento público, mas também o calote a estes trabalhadores da AMAC. Não vamos aceitar. Queremos dialogar, mas estamos preparados para a greve. A contagem regressiva começou.”